quarta-feira, 8 de julho de 2009

Betina Samaia no Trio



A fotógrafa Betina Samaia expõe retratos com interferência de plástico bolha e série de nus no novo espaço do restaurante Trio, até 31 de julho de 2009. Na foto de Eduardo Muylaert, Betina e filha na abertura.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Galeria de Babel







14.08.2008
Galeria de Babel em grande estilo

Uma das principais galerias fotográficas do país, a Galeria de Babel estréia no mercado publicitário em grande estilo.Conhecida e reconhecida internacionalmente por agenciar grandes artistas do mundo todo, a galeria estará presente com anúncio de página inteira na edição no. 38, comemorativa de 15 anos, da revista americana ‘Blind Spot’ – publicação especializada em fotografia.

Atuante há quatro anos, a galeria é voltada para fotografias das gerações de 80, 90 e atual. Jully Fernandes, idealizadora e diretora da Galeria de Babel, afirma que a visibilidade destes artistas através de sua exposição virtual é muito abrangente. Fernandes ainda ressalta que as referências, assim como as influencias, tanto da estrutura da galeria como dos fotógrafos representados, vêem também da Inglaterra, país em que iniciou seu trabalho na área das artes, viveu por cinco anos e hoje mantem um escritório para a promoção do intercâmbio cultural da fotografia.

A galeria conta com acervo completo de renomados fotógrafos brasileiros, latino-americanos e norte-americanos, com o intuito de promovê-los em âmbito nacional e internacional, já que a galeria conta com uma ponte para exposições e comercialização das obras em Londres. Divulga não só artistas com carreiras consolidadas, mas também cria oportunidades para jovens talentos, percorrendo assim variadas interpretações e experimentações da mídia fotográfica.

Por sua qualidade editorial e especialidade, a revista é publicada em apenas três edições anuais e tem sua distribuição muito seletiva, circulando nos principais galerias e museus do mundo, como:

- Livrarias: Barnes & Noble, Borders, Universal News, Powell's, Virgin Megastore e mais 200 livrarias independentes no mundo.
- Museus: MoMA, Whitney Museum, International Center of Photography, Amon Carter Museum, The Art Institute of Chicago, Centre Georges Pompidou, Tate Modern e Guggenheim / Bilbao.
- Outros: Distribuição em salas e nas áreas lounge do Soho House em NY
- Especial: A edição comemorativa de 15 anos será distribuída também na ‘Paris Photo’, ‘Art Basel Miami Beach’ e ‘Pulse Miami’.
www.blindspot.com/ www.galeriadebabel.com.br


Artistas:

Andreas Heiniger - Suiça

Armando Prado - Brasil

Ricardo Van Steen - Brasil

Thomas Hoepker - Alemanha

Dimitri Lee - Brasil

Hilton Ribeiro - Brasil

Martin Gurfein - Argentina

Eduardo Muylaert – Brasil

Elliot Erwitt – França

Martin Gurfein – Argentina

Martin Parr – Inglaterra

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

LAO MEI TZU: A menina que viu a China




ÍMÃ FOTO GALERIA CONVIDA PARA A EXPOSIÇÃO

“LAO MEI TZU: A menina que viu a China”


A partir do dia 17 de agosto, na Imã Foto Galeria, Laura Mello Melaragno
apresenta 25 imagens do país das Olimpíadas.

Em plena Feira da Vila Madalena, a Imã foto Galeria abre a Exposição. Venha conferir!

Laura Mello Melaragno aos 19 anos foi estudar mandarim na China e trouxe na bagagem muitas histórias e fotos surpreendentes, que mostram o cotidiano e os contrastes do país antes das Olimpíadas.

O nome “Lao Mei Tzu”, remete ao personagem criado por ela para facilitar o convívio e o contato com os chineses durante a sua estadia no país considerando que o seu nome, Laura Melaragno, era impossível de ser pronunciado pelos chineses. A abertura será durante a "Feira da Vila", tradicional evento de rua da Vila Madalena, nesse domingo, dia 17 de agosto na Imã Foto Galeria dirigida por Egberto Nogueira. Egberto achou oportuno o trabalho de Laura: “Achei muito impactante a maneira despretensiosa que esta jovem fotógrafa mostra a nossa já conhecida China, mais do que uma simples turista ela documenta e apresenta uma abordagem como alguém que viveu e olhou o País de perto”.

Grandes cidades, como Pequim e Xangai, e lugarejos distantes do turismo, como Qibao, são apresentados em 25 imagens coloridas em vários formatos.

A fotógrafa, que começou a clicar aos 14 anos e hoje, estuda Administração de Empresas, teve quatro meses de aula de Mandarim antes de viajar. “Embarquei nessa viagem ao outro lado do mundo para entender como e por que a China está sendo tão falada, como os chineses vivem, seus hábitos e sua cultura milenar, além de aperfeiçoar o meu mandarim, claro.”, conta Laura.

“O que mais me impressionou foi o contraste entre o antigo e o moderno, tanto no urbanismo quanto nos hábitos da população. Os chineses vivem um momento importantíssimo da sua história. Eles colocam legumes no parapeito da janela, penduram carne de porco nos varais, e nas cidades menores, os casamentos ainda são combinados pelos pais em praças públicas enquanto vivenciam a explosão da tecnologia e da modernidade”, revela a fotógrafa.



Lao Mei Tzu – A menina que viu a China

Exposição fotográfica de Laura Mello Melaragno:

Inauguração: Domingo 17.08 – 10h às 18h

De 17.08 a 30.08 : Segunda a Sexta, 10h às 19h; Sábado, 10h às 17h.
Grátis

Local: Imã Foto Galeria. Rua Fradique Coutinho, 1239, Vila Madalena
Tel: 3816-1290/7810-5793
E-mail: ima@imafotogaleria.com.br

segunda-feira, 30 de junho de 2008

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Tirei a roupa

Tirei a roupa, olhei-me no espelho e vi um grande ponto de interrogação. Por quanto tempo continuaria a areia a escorrer na ampulheta? Mais do que a cena quotidiana que o espelho via, retalhos do passado e cismas do futuro teimavam em aparecer. As aparências iam mudando devagar, protegidas pelo vapor que escapa do chuveiro onde lavo minhas partes e minhas culpas. Escovar os dentes, ver quão desalinhado está o cabelo, aparar a barba, temperar a água do banho, passar o xampu e só então deixar o sabonete fazer o seu serviço. Depois, enxugar o corpo alto e cada vez mais volumoso. Todo dia ele faz tudo sempre igual, deve dizer a superfície metalizada e polida que foi feita para refletir imagens e não para escarafunchar a vida dos outros. Se acha muito inteligente, nessa paródia barata de Chico Buarque. Só falta me vir com Cecília Meirelles, ambígua história, de que sou o espelho e a trajetória... O importuno não se conforma em ficar restrito ao seu papel e se deleita com palpites e insinuações. Esse cabelo está mais grisalho, a barriga já foi bem menor. Onde se esconde o guerreiro triunfante de tantas noites de glória? Convivo com esse enxerido há muito tempo. O que mudou por fora ele pode observar. A forma nossa de cada dia nos dai hoje, a de ontem não existe mais. Do recheio ele só sabe a missa metade, pois não sou besta de me expor demais. Nem para mim mesmo. Olho para o reflexo, no meio da bruma, e me pergunto a cada dia quem é esse mamífero guloso, se já cumpriu o seu destino ou se ainda tem tempo para avançar em novas trilhas. Vejo naufrágios e apoteoses, sempre passageiros, só as fotografias e os filhos são definitivos. Encho-me de coragem, passo a toalha no vidro umedecido, ponho os óculos, penteio o cabelo, olho a figura recomposta e descubro mais uma vez que a vida vai recomeçar e que ainda há muito por fazer. (E.M., 11/06/2008)

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Papo surreal

Um homem e uma mulher transam. Em que medida o homem percebe se a mulher gozou? A pergunta é de André Breton, dirigida a Ives Tanguy. O pintor e ex-marinheiro se incomoda, porque eu primeiro? Relê a questão, talvez para ganhar tempo, e sai pela tangente: numa medida muito frágil.

O mestre do surrealismo quer saber se Tanguy tem modos objetivos de avaliação. A resposta é sim, mas os tais métodos não são revelados.

Raymond Queneau, poeta e escritor, acha que não há como saber se a mulher gozou ou não. Para Jacques Prévert, depende da mulher. Indagado sobre meios objetivos de avaliação, o poeta e compositor responde com quatro sonoros sim, sim, sim, sim. Mas também não esclarece quais são esses métodos.

Benjamin Péret acredita que não há modo objetivo de saber se a mulher gozou. Breton então expõe sua teoria. Só há métodos subjetivos, nos quais se pode confiar na medida em que se tenha confiança na mulher envolvida.

A conversa ocorreu no dia 27 de janeiro de 1928 e foi publicada no numero 11 da revista Revolução Surrealista, de 15 de março de 1928.

O grupo liderado por André Breton organizou doze sessões de discussões livres, denominadas Pesquisas sobre a Sexualidade, entre janeiro de 1928 e agosto de 1932. A íntegra dos diálogos foi publicada pela Gallimard, em 1990. O organizador, José Pierre, anota que é um texto quase teatral, escrito e dirigido por André Breton, então com 32 anos.

Antonin Artaud veio uma vez, assim como Max Ernst. Paul Éluard cinco. Outros como Buñuel, Dali, René Char e Alberto Giacometti, embora bastante interessados nas questões do amor e da sexualidade, não apareceram. Foram 40 personagens ao todo, poucas mulheres.

A segunda sessão, em 31 de janeiro de 1928, contou com Aragon e Man Ray. Este, a certa altura, retomou a discussão seminal. Segundo o fotógrafo, a mulher sente necessariamente o momento exato do gozo do homem. Mas o homem só tem como referência a constatação da lassitude da mulher.

E se essa lassitude é simulada, pergunta Breton?

Pior para a mulher, diz Man Ray. Eu aceito seu jogo.

Paranapiacaba no dia da expedição mananciais

















Fotos Eduardo Muylaert, 01/06/06

Expedicionáios de Paranapiacaba


Flávia Soares fotografando o grupo, foto de Eliane Chinaglia.



Nosso Exército de Brancaleone, foto Flávia Soares.